segunda-feira, 2 de abril de 2012

Cientistas estão próximos do relógio mais preciso do mundo


Uma equipe internacional de cientistas composta por pesquisadores do Instituto Tecnológico da Geórgia, da Universidade de Nova Gales (Austrália) e do Departamento de Física da Universidade de Nevada (EUA) anunciou que estão trabalhando na criação de um novo método de cronometragem 100 vezes mais preciso que o dos relógios atômicos atuais.
O projeto, que será publicado na revista científica Physical Review Letters, está sendo parcialmente financiado pelo Escritório Naval de Pesquisas e pela Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Se concluído, poderá ajudar os cientistas no estudo de teorias fundamentais da física, emcomunicações confidenciais e também poderá aumentar a precisão dos sistemas de GPS.
Em um relógio mecânico, as oscilações do pêndulo marcam o tempo. Já nos modelos modernos,cristais de quartzo realizam estas oscilações em alta frequência. Os modelos atômicos atuais utilizamelétrons induzidos por raio laser para marcar o tempo, que apresentam uma diferença de aproximadamente quatro segundos ao longo do período de existência do universo (14 bilhões de anos). Para este projeto, os cientistas pretendem incrementar a precisão para que a diferença fique em até um décimo de segundo no mesmo período, com a substituição dos elétrons por nêutrons, que são mais pesados e se tornam menos suscetíveis a mudanças ou transtornos.
A extrema precisão que os pesquisadores pretendem alcançar deve-se à criação de um relógio atômico com um núcleo de um só íon de tório 229. Os técnicos pretendem viabilizá-lo com o auxílio de um laserque opera a uma velocidade de 1 quatrilhão de oscilações por segundo, para fazer com que o núcleo de um íon de tório passe a um estado de energia mais elevado. Se fixada, esta frequência marcaria o tempo com maior precisão.
Manter a estabilidade do relógio atômico é outro desafio para os projetistas, já que para não haver oscilações, é preciso mantê-lo a temperaturas muito baixas, próximas ao zero absoluto (-273°C).
Para resolver isso, os pesquisadores incluirão um único íon de tório 232, que terá papel de resfriamento, com o íon de tório 229. Cada um destes íons receberá uma frequência de onda diferente. O íon mais pesado será resfriado e reduzirá a temperatura do "íon relógio" sem afetar suas oscilações.

Por Ellen e Verônica

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