Uma equipe internacional de cientistas composta por pesquisadores do Instituto Tecnológico da Geórgia, da Universidade de Nova Gales (Austrália) e do Departamento de Física da Universidade de Nevada (EUA) anunciou que estão trabalhando na criação de um novo método de cronometragem 100 vezes mais preciso que o dos relógios atômicos atuais.
O projeto, que será publicado na revista científica Physical Review Letters, está sendo parcialmente financiado pelo Escritório Naval de Pesquisas e pela Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Se concluído, poderá ajudar os cientistas no estudo de teorias fundamentais da física, emcomunicações confidenciais e também poderá aumentar a precisão dos sistemas de GPS.
Em um relógio mecânico, as oscilações do pêndulo marcam o tempo. Já nos modelos modernos,cristais de quartzo realizam estas oscilações em alta frequência. Os modelos atômicos atuais utilizamelétrons induzidos por raio laser para marcar o tempo, que apresentam uma diferença de aproximadamente quatro segundos ao longo do período de existência do universo (14 bilhões de anos). Para este projeto, os cientistas pretendem incrementar a precisão para que a diferença fique em até um décimo de segundo no mesmo período, com a substituição dos elétrons por nêutrons, que são mais pesados e se tornam menos suscetíveis a mudanças ou transtornos.
A extrema precisão que os pesquisadores pretendem alcançar deve-se à criação de um relógio atômico com um núcleo de um só íon de tório 229. Os técnicos pretendem viabilizá-lo com o auxílio de um laserque opera a uma velocidade de 1 quatrilhão de oscilações por segundo, para fazer com que o núcleo de um íon de tório passe a um estado de energia mais elevado. Se fixada, esta frequência marcaria o tempo com maior precisão.
Manter a estabilidade do relógio atômico é outro desafio para os projetistas, já que para não haver oscilações, é preciso mantê-lo a temperaturas muito baixas, próximas ao zero absoluto (-273°C).
Para resolver isso, os pesquisadores incluirão um único íon de tório 232, que terá papel de resfriamento, com o íon de tório 229. Cada um destes íons receberá uma frequência de onda diferente. O íon mais pesado será resfriado e reduzirá a temperatura do "íon relógio" sem afetar suas oscilações.
Por Ellen e Verônica
0 comentários:
Postar um comentário